“Sempre somos chamados para fazer gringos. Ficamos restritos”, diz o ator Cirillo Luna, que tem os cabelos vermelhos de nascença
Nunca se viu um filme brasileiro com tantos personagens ruivos. Naturais, como Jonas Bloch e Cirillo Luna, ou artificiais, caso deBruce Gomlevsky e outros, eles são perseguidos por um serial killer em ‘Escaravelho do Diabo’, filme de Carlo Milani inspirado no best-seller homônimo de Lucia Machado de Almeida, lançado na década de 1970.
“Faço Louzeiro, um jornalista meio rodriguiano. Tento desvendar os crimes que estão acontecendo na cidade e meu personagem acaba virando uma das vítimas. Precisei pintar o cabelo diversas vezes até ficar vermelho. Existem poucos atores ruivos e, mesmo assim, eles sofrem para serem escalados”, conta Bruce.

Que o diga Cirillo Luna, que é ruivo de nascença. “Somos meio estereotipados. Existe uma certa restrição para alguns testes em virtude do perfil. Como vivemos num país latino-americano, sempre fui chamado para fazer papel de gringos. Alemães, russos, irlandeses, mesmo não sabendo falar a maioria dessas línguas. Isso de certa forma atrapalha”, conta ele, que interpreta Hugo, irmão de Alberto, o protagonista vivido por Thiago Rosseti.
A partir da morte do personagem de Cirillo que Alberto se une ao delegado Pimentel, personagem de Marcos Caruso, para tentar desvendar o mistério por trás dos assassinatos dos ruivos da cidade. Completam o elenco Felipe de Carolis e Thogun Teixeira. O filme estreia dia 14 nos cinemas.
