Encontro teve a participação de representantes de de Coari, Borba, Alto Solimões, São Gabriel da Cachoeira, Parintins e Itacoatiara.
Com o objetivo de aprofundar os estudos do documento ‘Manual para proteção de Crianças, Adolescentes e Pessoas Vulneráveis da Metropolia de Manaus’, a comissão regional que faz parte da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), se reuniu nessa quarta-feira (29/5), no Centro de Formação Maromba, bairro Chapada para analisar o documento que norteia os encaminhamentos práticos para essa missão da igreja católica. Estiveram presentes representantes das Prelazias, Dioceses, padres e leigos de Coari, Borba, Alto Solimões, São Gabriel da Cachoeira, Parintins e Itacoatiara.
O documento elaborado foi estudado, minuciosamente, pela comissão a fim de identificar falhas ou incoerências quanto a sua construção. De acordo com Dom Leonardo Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus, o encontro visa superar a questão do abuso de crianças e adolescentes: “Existe um trabalho muito bonito em nossa arquidiocese e nós conseguimos, enquanto igreja, elaborar e aprovar o Manual que vai nos orientar nesse serviço enquanto regional. E agora com a reunião, faremos um manual conhecido e iremos, devagar, implementando as orientações que esse manual nos dá, que é o manual que os bispos nos propuseram para o nosso Regional Norte 1. Vamos caminhando na esperança, vamos caminhando para que nossas crianças e adolescentes se sintam bem nas nossas comunidades, se sintam bem na sua dignidade, se sintam bem como filhos de Deus e se sintam por nós protegidas e amadas”, pontuou Dom Leonardo Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus.

Dom Hudson Ribeiro, bispo auxiliar de Manaus que atua no assessoramento da comissão foi também um dos revisores do Manual juntamente com os bispos do Regional Norte 1. De acordo Dom Hudson, o encontro é importante pois esclarece sobre o papel das comissões que foram criadas para proteger os mais vulneráveis: “Percebe-se, nesse momento, uma grande adesão dos participantes, vontade de aprender e também preocupações inerentes a esse processo de dar respostas como igreja nos diversos ambientes nosso de pastorais e o ambiente eclesial propriamente dito e também na construção desse ‘Manual’ que envolve muitas mãos e muitos corações porque é uma construção coletiva com a participação direta dos bispos do Regional Norte 1 que deram a sua colaboração e agora, também com a participação da comissão ‘Lux Mundi’ que está ligada a CNBB e a CRB. O estudo também abrange o decreto do regulamento com algumas alterações que aconteceram e ao mesmo tempo pensar no ‘Calendário’ de continuidade dentro de um processo de formação continuada para as comissões que foram instaladas para depois eles se tornarem multiplicadores para os agentes de pastorais, para o Clero, a Vida Religiosa e todos aqueles que estão presentes nas diversa metropolias na região de Manaus”, explicou Dom Hudson Ribeiro, bispo auxiliar de Manaus.

De acordo com padre Flávio Gomes, o documento serve para orientação e prevenção a situações que ferem os direitos de proteção dessa parcela da população: “A gente acredita naquilo que se pensa em nível de igreja. Ela começa a ter uma credibilidade maior com esses esclarecimentos e essa união com a Rede Vida. E como Dom Hudson tem uma conexão maior com a Rede, isso nos dá um maior discernimento, uma graça e até mesmo um meio de evangelização em perceber que agente abraça essa causa dos mais indefesos. Então a igreja vem a somar com essa equipe aí e, para os leigos, religiosos e padres, essa equipe vai ajudar a partir desse ‘Manual’ , a orientar essa proteção mesmo e ter conhecimento disso, tanto em nível civil como religioso”.

O próximo passo, segundo padre Flávio é tornar essa comissão um equipe de orientadores: “ Nós somos uma comissão da região e temos, também, dois de cada Diocese e Prelazia, auditor e notário. Ser protagonistas e divulgar é fazer isso ‘entrelaçar’ em todas as nossas Dioceses porque não é só aqui no norte, está todo o país para responder essa demanda da ‘Escuta’, a questão de proteção da criança e ao adolescente e pessoas vulneráveis, concluiu padre Flávio Gomes, vigário da comissão.
Padre Marcos Aurélio que atua há 15 anos na Diocese de Parintins foi escolhido como notário da comissão. De acordo com ele, a comissão que passou por uma formação online, onde houve preparação de forma particular cada membro, vê nesse segundo momento como atuar na prática: “O manual, num primeiro momento já foi aprovado pelos bispos. Mas enquanto texto, enquanto semântica da escrita ainda não, então Dom Hudson aproveitou momento para que nós pudéssemos ver aqui cada parágrafo o que precisa ser alterado, o que precisa ser colocado de forma mais coerente, o que se apresenta como ambígua para que assim a gente venha aprovar a parte escrita o Manual de maneira clara. Como disse Dom Hudson ‘Não quer dizer que seja feito um documento ‘Fechado’. Nós vivemos em uma sociedade que está em constante mudança, leis que são aprovadas, alteradas, então esse manual precisará, a cada dois anos quem sabe, ser reavaliado”, concluiu padre Marcos Aurélio, notário da comissão.

Fotos: Flávia Horta – Jornalista


