Apesar da queda da produção, no PIM, em 2012, CIEAM e SUFRAMA estão otimistas para resultados de 2013

07/02/13 – A divulgação da informação de que a Produção Industrial do Amazonas foi a que mais recuou, no mês de dezembro, em todo o país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a queda do faturamento, de U$ 41 bilhões, em 2011,  para U$ 37 bilhões, em 2012, deixou o segmento industrial preocupado.

Nesta quinta-feira (07), apesar de otimista em relação ao crescimento, este ano, o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco, disse que uma das causas dos números negativos da produção industrial do Estado, no ano passado, é a forte concorrência com os similares importados.

“Isso já era esperado, por conta das dificuldades que o segmento de Duas Rodas e o segmente componentista passaram – uma queda acentuada de mais de 20% de retração. O Ministério da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC) está tomando medidas para solucionar a questão da comercialização de motocicletas. As atenções do Governo Federal precisam estar focadas na atividade industrial no país, como um todo. A indústria nacional sofre hoje uma concorrência muito forte com similares importados e que faz parte da política do Governo Federal a manutenção da atividade – e, mais que isso, a preservação dos empregos, no território nacional, e o Amazonas não pode estar fora disso.”

Os dados divulgados pelo IBGE não preocupam o titular da Superintendência  da Zona Franca de Manaus (Suframa). Para Thomaz Nogueira, é preciso olhar os números além da sua imediata frieza.

“Temos três indicadores relevantes para o PIM: Emprego, a produção física e o faturamento, que não podem ser olhados isoladamente. Em 2012, tivemos um avanço forte em alguma áreas e um grande problema: O Polo de Duas Rodas, mas este não é um problema de competitividade da ZFM. Se esse pólo estivesse em qualquer ponto do país, estaria enfrentando o mesmo problema. Se retirarmos o Polo de Duas Rodas, nós crescemos no eletroeletrônico e tivemos um crescimento forte nos bens de informática.”

Para o presidente do CIEAM, em relação ao Polo de Duas Rodas, é preciso buscar soluções para o acesso ao crédito. “O Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Suframa atuaram bastante na busca de alternativas para encontrar soluções de acesso ao crédito e, a expectativa é de isso venha acontecer ao longo deste ano, e nós prevemos uma melhoria para o segundo semestre, um crescimento em torno de 3% a 4% este ano, ou seja, ainda vai ficar abaixo do que foi 2011, mas vai ser um resultado melhor do que foi 2012.”

De acordo com Thomaz Nogueira, a principal causa do baixo desempenho do Polo de Duas Rodas, indicador negativo da ZFM, no ano passado, foi o modelo de comercialização. “O modelo de comercialização estava sendo feito por meio de financiamento. Como os níveis de inadimplência aumentaram muito, as financeiras se retiraram fortemente desse mercado, com prejuízo para as vendas e, conseqüentemente, para produção.”

Como uma solução para recuperar as vendas, no setor de duas rodas e até outors setores, o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, apontou o consórcio. “As empresas já estão se reposicionando. A solução disso é o consórcio. Tem empresa, hoje, que já tem em consórcio, quantidade de uma produçção anual, só que ela precisa ter mais do que uma produção anual, por que isso vai ser entregue gradativamente.”

Sobre um dos maiores problemas dos últimos anos, no PIM, a buraqueira das ruas, Thomaz Nogueira reafirmou a decisão de revitalizar a malha viária do Distrito Industrial, deixando a atividade de manutenção, posteriormente, para a prefeitura da capital.

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