Alecrim admite déficit de médicos no Interior do Am e diz que Susam pode contratar médicos estrangeiros

06/02/13 – O secretário estadual da saúde, Wilson Alecrim, admitiu, nesta quarta-feira (06), a necessidade de contratação de mais médicos, inclusive de outros estados, e até estrangeiros, que possam atuar no Interior do Amazonas, como declarou, nesta terça-feira, o governador Omar Aziz, durante a leitura da mensagem anual, na reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa do Estado.

De acordo com o secretário, para ter uma equipe completa, os hospitais precisam trabalhar com vinte e cinco médicos, cada um, e o governo tem dificuldades para contratar.“Infelizmente, os hospitais não têm o quadro suficiente de médicos necessários para funcionar! Por exemplo, um hospital de 20/30 leitos, onde funciona a urgência e a parte de maternidade, tem que ter, no mínimo, cinco médicos de especialidades diferentes, de plantão, durante 24 horas. Tem que ter um clínico, um pediatra, um ginecoobstetra, um anestesista e um cirurgião, durante as 24 horas do dia. Como um médico só tem contrato de 20 ou 40 horas, vai trabalhar 160 horas por mês, ou seja, isso não é suficiente para cobrir os plantões do mês. Para que possamos ter essa equipe completa no hospital, que não tenha Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e nada, apenas para atender o trivial e da linha de frente, precisaríamos ter, no mínimo, 25 médicos lotados naquele hospital, dentro dessa carga horária.”

Em face do pequeno número médicos no Estado, o secretário defendeu a adoção de mecanismos para contratar profissionais, enquanto as instituições de ensino superior produzem os quadros necessários para a área se saúde. “É necessário que tenhamos um mecanismo intermediário para que tenhamos médicos em quantidade e qualidade suficientes para ocupar esses postos todos, enquanto nós vamos formando médicos e especialistas.”

Como opção, Alecrim admite inclusive a contratação de médicos de outros estados e até de fora do país para amenizar o problema.“Acredito que não temos outro caminho, a não ser chamar médicos de outros estados para ocupar esses postos. Não havendo a quantidade suficiente da qualidade que precisamos, buscar alternartivas, dentre elas, médicos de língua portuguesa ou espanhola.”

Segundo Alecrim, a globalização na área de recursos humanos já é uma realidade em vários países. “A globalização que já se faz muito na economia, na parte de finanças, tem que entrar, também, na parte de recursos humanos. Não pode um país estar produzindo, apenas por si mesmo, todos os recursos humanos que ele precisa.”

Nesta terça-feira, entre os investimentos em vários setores, anunciados em sua mensagem anual, o governador Omar Aziz garantiu investimentos de R$ 659, 5 milhões para a saúde, inclusive para a contratação de pessoal.

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